A Estereofotografia de Papila e o Glaucoma

A Estereofotografia de Papila e o Glaucoma

Apesar de ser um nome um bocado complicado, a estereofotografia de papila é um exame que consiste na fotografia colorida do nervo óptico em 3D. Sua principal função é permitir a comparação objetiva da evolução de escavação de disco óptico e é indicada para acompanhamento a o  diagnóstico de uma condição já conhecida por nós, o glaucoma.

Vamos reavaliar o que é a doença mais uma vez, antes de nos aprofundarmos neste exame inovador. O glaucoma é uma condição ocular cuja causa se deve principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, o comprometimento visual. Se a doença não for tratada adequadamente, pode inclusive levar o paciente à cegueira.

Além de toda seriedade desta condição, o glaucoma também é conhecida como uma doença séria e muitas vezes silenciosa, por esse motivo que sugerimos que os pacientes façam a visita regular ao médico oftalmologista para prevenir tal problema, já que apenas exames específicos apontam a real causa.

Em qual momento realmente identificamos a doença?

O glaucoma poderá se desenvolver durante meses ou até mesmo anos sem apresentar sintoma algum e pode aparecer na fase mais avançada, quando o portador começar a esbarrar em objetos pela casa ao perder a visão periférica, ou seja, o portador continua enxergando bem o que está à frente, mas não enxerga o que está na lateral, por exemplo.

Desta forma o paciente não tem qualidade de vida, pois enxergar mal não pode ser bom. Outro fato que devemos nos lembrar é que existem vários tipos de glaucoma e por conta disso, pacientes que se encontram no grupo de risco da doença e que tem histórico familiar da mesma, devem se submeter a um exame oftalmológico anualmente, mesmo que estejam enxergando bem.

Gravidade desta condição:

Como a doença em questão não provoca sintomas, o portador pode não se dar conta da gravidade do problema e o glaucoma avançar e causar problemas futuros relacionados a qualidade da visão.

O ideal é que o exame seja feito regularmente e o que há de mais avançado na medicina oftalmológica é o exame que chamamos de estereofotografia de papila, como mencionamos no início deste artigo. O exame é necessário para o acompanhamento da doença, além de levar ao paciente a segurança de fazer um tratamento adequado e de maneira correta.

Exame oftalmológico:

Durante o exame, estereofotografia de papila, é obrigatório a presença de um acompanhante, pois o mesmo consiste na dilatação da pupila do paciente, impedindo que o mesmo dirija de volta para a casa desacompanhado.

Trata-se de um exame não invasivo que utiliza as imagens para avaliar o nervo óptico do paciente, bem como a pressão ocular. No exame é possível estudar a forma, os contornos, o relevo, o tamanho, coloração e escavação do disco óptico.

Lembrando que o exame, tanto como a doença em si, deve ser analisada de maneira individual, pois cada paciente apresenta a condição de uma maneira específica, portanto, seu tratamento deve também ser feito de forma individual, respeitando as condições de cada pessoa.

Ainda sobre o exame, existem outras indicações clínicas além do glaucoma – diagnóstico e acompanhamento, como a hipertensão ocular,  edema de papila, neurite óptica, tumores da cabeça de nervo óptico e tumores metastáticos para nervo óptico.

Como o exame é feito?

O exame é feito por um aparelho, onde o médico emite alguns flashs repetidamente fotografando o fundo dos olhos do paciente com o objetivo observar as alterações no disco óptico ou papila. A realização do exame geralmente é rápida e sem nenhum tipo de desconforto ao paciente.

Consulte seu oftalmologista regularmente e mantenha seus exames em dia. Saúde ocular é coisa séria!