Mais comum e presente na infância, o Retinoblastoma ocular é, em termos numéricos, classificado como uma doença rara – contribuindo muito para o desconhecimento da população em relação a esta doença.
Sendo um tumor maligno embrionário, ele acomete os olhos na infância. O retinoblastoma pode ser hereditário ou não e afetar os dois olhos ou apenas um deles. Se forem bilaterais, os casos são sempre hereditários. Apesar de ser uma doença rara, ela é bastante agressiva, podendo provocar cegueira e até levar o paciente à morte.
Atualmente, cerca de 50% dos casos diagnosticados no país são identificados tarde demais, o que reduz as hipóteses de cura do paciente. Quando diagnosticado precocemente, o retinoblastoma pode ser altamente curável, inclusive pode preservar a visão e a vida da criança.
O que é o retinoblastoma?
O retinoblastoma é um câncer que atinge os olhos, ou seja, no tecido nervoso fino que reveste a parte posterior do olho, responsável por detectar a luz e formar imagens. De forma clara, podemos comparar essa região dos olhos ao filme de uma câmera que percebe imagens e as envia ao cérebro para interpretação.
Diante disso, esta doença é mais comum na visão de crianças, pois durante a formação do feto, os olhos passam por um processo de divisão celular que estrutura a retina. O esperado, é que em um determinado estágio, a multiplicação das células embrionárias (retinoblastos) seja interrompida. Quando isso não acontece, o processo de quantidade de células cresce desenfreadamente, ocasionando assim a retinoblastoma.
Quais as causas?
Sua classificação se divide em dois tipos:
- Retinoblastoma hereditário
Essas são situações em que o retinoblastoma decorre de uma mutação genética afetando o gene RB1 no cromossomo 13. Seu principal fator de risco para o surgimento desse tipo de tumor ocular é o histórico familiar, quando há casos positivos na família.
Outra possível causa, é relacionado à mutação deste gene durante o desenvolvimento do feto no útero.
- Retinoblastoma não hereditário
Até agora não foi esclarecido as razões do surgimento de retinoblastomas espontâneos (ou esporádicos). Foi levantada a hipótese, porém não foram comprovadas, como exemplo, a relação com o vírus do HPV que também causa o câncer de colo de útero.
Sintomas da Retinoblastoma
Seu principal sintoma é a leucocoria, um reflexo branco na pupila, conhecido popularmente como reflexo do olho de gato, presente em 90% dos casos diagnosticados. Essa mancha esbranquiçada indica que uma fonte luminosa está incidindo sobre a superfície do tumor e impede a passagem de luz. Sem a passagem de luz, as vias ópticas não se desenvolvem e atrofiam. Esse reflexo branco, geralmente é notado sob a luz artificial, quando a pupila está dilatada ou em fotos. Em olhos saudáveis, esse reflexo é sempre vermelho.
Outros sintomas comuns do retinoblastoma, que podem acometer somente um ou os dois olhos são:
- Estrabismo;
- Fotofobia;
- Dificuldade visual;
- Aparência anormal do olho;
- Conjuntivite;
- Inflamações.
Tratamento da retinoblastoma
O tratamento é direcionado de acordo com o nível do tumor. Quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, menos agressivo será o tratamento e aumentará as hipóteses de bons resultados.
Existem diversas alternativas de tratamento, como a cirurgia, quimioterapia sistêmica, intravítrea e intra-arterial. Geralmente, tudo depende da discussão multidisciplinar sempre com o objetivo de salvar a vida e tentar manter a visão e o olho do paciente.
Enfim, como vimos, a retinoblastoma é uma doença complicada e o seu diagnóstico precoce é fundamental para a conquista de bons resultados. Vale lembrar que os cuidados com a saúde ocular desde o nascimento são indispensáveis. Ir ao oftalmologista regularmente pode evitar que doenças se instalem, acometendo a sua visão.
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